É muito difícil para os Pais manterem o equilíbrio relativamente a muitas coisas, entre elas a educação dos seus filhos. Queremos sempre o melhor, mas o que será realmente o melhor para eles?
Tentamos por todos os meios proporcionar tudo aqui que vislumbramos como sendo bom, criando competências para futuramente eles poderem ter mais valias, para serem competitivos a nível de mercado de trabalho, para serem mais, para serem melhor! Aqui surgem logo diversas dúvidas, melhor que quem? Competitivo? Será mesmo isto que queremos para os nossos filhos, habitantes da Terra e cabeças pensantes?
Voltemos então um pouco atrás. Actualmente muitas pessoas, entre elas muitos Pais tentam voltar às suas origens, ou seja há como que uma espécie de retorno á uma Luz, á Natureza, isso evidentemente reflecte-se na forma como os bébés são educados.
Uma das pedagogias que tem esta forte ligação com a Natureza é a pedagogia Waldorf, muito embora esta tenha como base várias outras vertentes que tem o homem como centro de todos os propósitos. Mas até que ponto será viável “entregar” uma criança aos cuidados desta pedagogia? É de facto muito importante dar ás crianças a possibilidade de se Sintonizar com a Mãe Terra e com a Natureza porque todos nós fazemos parte da magnifica CRIAÇÃO DIVINA, vivemos com paixão, e sem duvida um dia voltaremos para a Natureza. Mas qual será a factura que estas crianças pagaram mais tarde? Qual o reflexo de uma educação natural confrontada com a realidade social e domestica? A esquizofrenia! A fractura sangrada de quer, não ter e não fazer o suficiente. Dicotomias estranhas podem dilacerar as mentes em formação, gostariam muito de viver na Natureza mas não conseguem, no entanto estão tão frustrados, não geram prosperidade e por isso não conseguem igualmente ter tudo o que gostariam, isto é o caos!
Não falo somente desta pedagogia mas de colégios de católicos, colégios nacionalistas, como Inglês, Alemão, Espanhol, etc., etc., colégios elitistas como por exemplo o Colégio Moderno, ou Maria Pestalezzi entre muitos outros que se podiam ser enumerados.
Então o que resta? Escola pública ou ensino domestico? A escola pública pode ser bastante violenta a muitos níveis, físico, emocional, educativo....para não falar da qualidade do ensino e dos princípios, ou essencialmente a falta deles, o descaso da maior parte dos professores que tratam os alunos como números e não como Seres! O desmando de muitos alunos e poucos funcionários, enfim um sem numero de coisas.
O ensino domestico como todos os outros sistemas citados ou esquecidos, tem os seus prós e contras, se por um lado os nossos filhos estão mais protegidos e aprendem a um ritmo mais suave e adaptado, de que vale estar só em casa com uma criança sendo que a única diferença é o sitio onde se lecciona? Ou mesmo que seja um grupo de crianças de uma faixa etária semelhante até que ponto é saudável afasta-los da perversidade da sociedade em que eles vivem e mais tarde participaram activamente?
As perguntas são muitas, as dúvidas mais ainda, o medo de falhar muitas vezes apodera-se dos Pais, o que podemos fazer somos só Humanos! Erramos, Acertamos, Assumimos que tentamos fazer o melhor que sabiamos, o que nem sempre corresponde ao melhor, porque esse só serve para nós.
É tudo uma questão de equilíbrio, não é o método, ou pedagogia que vão preparar os nossos filhos, mas sim o Amor, os Bons Exemplos, a Verdade, a Honestidade, e a Força Divina que impera em cada um de nós, esse é o Verdadeiro equilíbrio que vem da Alma que seria bom transmitirmos aos nossos Filhos para que cresçam, Bons, Capazes, com muito Amor no Coração para dar ao Universo.
A nossa missão é ajuda-los, Ama-los, ouvi-los para podermos fazer conjuntamente o caminho.
A missão deles é ensinarmos a faze-lo com Amor e generosidade para que eles cumpram o seu propósito Divino projectado na Terra.
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